18 de dezembro de 2006

Betlemania infinita??



O papo vira a noite sobre música e entre um trago e outro e uma baforada forte de nicotina um sempre solta: “Cara nunca achei que Beatles era tão bom!!!” “Nem eu...”Eu sempre respondo. E olha que não é de hoje. Beatles já vem da outra geração da minha família (como que na maioria, acho eu). Desde que eu sei que sou gente, eu ouvia minha mãe escutando os belos acordes de Let it Be ou And I love Her no vinil lá de casa. Beatles foi, e ainda é uma grande inspiração para bandas e jovens do século XX e XXI. E não é uma opinião só minha. Falo por muitos. Para quem ainda não conhece, mas curte um Rock ‘n Roll esperto está aí a dica: The Beatles.

Com álbuns excelentes como Revolver e Sgt.Pepper’s Lonely Hearts Club Band os Beatles se sagraram na mente de bilhões de pessoas na década de 60 e 70 levando além de suas canções, sua moda e seus trejeitos, transformando seus fãs à sua imagem e perfeição. De 1963(lançamento do primeiro álbum Please please me) aos dias de hoje Os Beatles já venderam entre Cds, vinis, fita cassete, Dvds, etc em um total de um bilhão e meio de álbuns, algo totalmente histórico, totalmente impensável para os dias de hoje. Claro que a histeria das décadas passadas já não existe mais, hoje resume-se a curtir um beatles em casa mesmo. Mas qual o segredo de tanto sucesso? O que levou a banda a criar musicas que seriam influências para bandas como Nirvana e Mutantes? Talvez o carisma como qual eles tratavam suas músicas e público. A forma simples das músicas sem nada muito complicado. O ritmo desconcertante. A suavidade sem ser extravagante demais. Ou talvez eu diria melhor: Boa pergunta.

O fato, é que hoje em dia se vê jovens de todas as idades ovacionando hits dos beatles em seus violões surrados. É difícil alguém não conhecer músicas como twist and shout ou help!. Apesar do fim idiota, e de anos depois a morte trágica de um dos gênios do grupo, Jhon Lennon, Beatles ainda é muito cultivado nas mentes de jovens de hoje. Eu sou um. Comecei com um vinilzinho despretensioso, hoje tenho dez álbuns.

Será que Beatles vai ser eterno?

Fizeram um pacto com o Demônio(rs)?

Paul Mcartney está morto mesmo?

Boas perguntas que talvez nunca serão respondidas. Hoje em dia músicas de Paul e Lennon estão na posse de ninguém menos do que Michael Jackson o que faz da vontade de ver coisas novas dos Beatles ir por água abaixo. Mas até que dá pra se divertir com coisas que, mesmo não sendo novas (mas soando como se fosse), tem material “novo” vindo por aí atiçando a curiosidae de muitos fãs. Em novembro desse ano, foi lançado uma coletânea de músicas com mixagens de duas, até três músicas já conhecidas em uma só (dá para entender??) para o espetáculo Love do Cirque du Soleil. Uma mistura muito boa eu diria. Imagine como ficaria Eleanor Rigby com Julia? Imagine não. Escute. É uma mistura com uma sonoridade linda. Para os fãs que querem se dar um presente de natal (ou pedir um) esse CD é uma boa pedida. Mas para os fãs que não tem um puto tostão no bolso e que querem curtir mesmo assim é só baixar e curtir no pc.


Por isso, baixei, amei e disponibilizei no 4shared esse excelente álbum intitulado Love. Segue-se aí o link para baixar o álbum e o List das músicas...ARREVOÁ


Download

  1. Because – 2:44
  2. Get Back – 2:05
  3. Glass Onion – 1:20
  4. Eleanor Rigby
    Julia (transition) – 3:05
  5. I Am the Walrus – 4:28
  6. I Want to Hold Your Hand – 1:26
  7. Drive My Car / The Word / What You're Doing – 1:54
  8. Gnik Nus – 0:55
  9. Something (George Harrison)
    Blue Jay Way (transition) – 3:29
  10. Being for the Benefit of Mr. Kite! / I Want You (She's So Heavy) / Helter Skelter – 3:22
  11. Help! – 2:18
  12. Blackbird / Yesterday – 2:31
  13. Strawberry Fields Forever – 4:31
  14. Within You Without You / Tomorrow Never Knows (Harrison, Lennon/McCartney) – 3:07
  15. Lucy in the Sky with Diamonds – 4:10
  16. Octopus's Garden (Ringo Starr) – 3:18
  17. Lady Madonna – 2:56
  18. Here Comes the Sun (Harrison)
    The Inner Light (transition) – 4:18
  19. Come Together / Dear Prudence
    Cry Baby Cry (transition)
    – 4:45
  20. Revolution – 2:14 (CD) / 3:23 (DVD)
  21. Back in the USSR – 1:54 (CD) / 2:34 (DVD)
  22. While My Guitar Gently Weeps (Harrison) – 3:46
  23. A Day in the Life – 5:08
  24. Hey Jude – 3:58
  25. Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (Reprise) – 1:22
  26. All You Need Is Love – 3:38

7 de dezembro de 2006

Um show, uma nova era...


Tocar numa banda de Rock, para muitos, é coisa de vagabundo, drogado, burro, louco varrido, filho de Satã e muitos outros adjetivos maldosos criados pela mente humana. O Rock (aquele mesmo, o Rock de garagem) há muito é visto assim, de uma maneira meio deturpada, incompreendida e preconceituosa. Imagine o que minha mãe deve ter pensado quando disse pra ela que ia deixar o cabelo crescer e tocar em uma banda?Foi um tanto quanto estranho.Não que ela não me apoiasse, mais no inicio ela repudiou a idéia como muitas mães fazem, mas ela acabou entendendo que aquilo faria parte do ciclo natural das coisas. Que me ajudaria a entender o mundo a minha volta e tal. Mas uns anos depois eu acabei entendendo a sua aflição...imagine eu, tinha apenas 14 anos, não sabia nem limpar a bunda direito e ainda brincava de carrinho com as crianças no pátio de casa, ora!!! tocar em uma banda de Rock ¬¬... Eu não sabia nada do que eu queria. Mas mesmo assim, ela entendeu tudo o que eu desejava, e comprou um violão para mim e eu comecei a me fissurar em tocar violão e aprender tudo o que eu curtia e mostrar para meu parceiro de banda (que até então só sabíamos DO, RÈ, MI, LA) e vice-versa. Foi uns anos bem legais...e foi aí que começamos a criar as primeiras canções, meio infantis e caóticas...mas canções.

E o Rock é isso mesmo, meio aos trancos e barrancos, com chiadeira e desafinação e com muita vontade acabamos vivendo da essência dele, do ritmo dele. E pelo que eu me lembre, nunca fui vagabundo, nunca fui um drogado, sempre repudiei drogas ilícitas, nunca fui louco e muito menos venerei satã...Simplesmente fui um adolescente normal com alguns porres, uns micos e umas loucuras que só pessoas de 15, 16 anos fazem e muitas carteiras de cigarros fumadas por aí, nada mais. E, de certa forma, a musica sempre me fascinou com seus embalos, gritos e melodias. Desde quando minha mãe escutava Raul Seixas quando eu era pequeno eu me empolgava com aqueles brados de Sociedade Alternativa. Ás vezes eu penso que minha mãe é a culpada disso tudo (rs). Mas hoje em dia eu não me veria longe disso, da adrenalina antes de um show, das correrias para ensaiar, das brigas para se acertar com os outros integrantes da banda, principalmente se o tempo sem tocar é grande. Pois muitas vezes me bateu aquela dúvida se tudo o que eu andava fazendo era certo para mim mesmo, se ia ser bom em um futuro distante, se ia ser bom para a constituição de uma família. E a resposta é: Foda-se, o negócio é viver o presente intensamente.

Se alguém algum dia pretende montar uma banda de Rock, Pagode, Axé, Musica Clássica, ou qualquer outra coisa que faça barulho, aí vai um incentivo: Não importa quantos irão ouvir seu show, se 5 ou 500, se 2 ou 200, não importa, a sensação de estar em um palco apresentando aquilo que você sabe que está bom é indescritível, é maravilhoso. E é claro, o melhor de tudo é o reconhecimento pelo seu trabalho, que sempre vem por meio dessas poucas pessoas que comparecem ao seu show.

Minha primeira banda foi bem legal, uma experiência única, ela se chamava Los Cobaias e foi por um longo tempo e minha razão de profissão, mas não foi bem assim, infelizmente, paramos em nosso auge, por causa do baterista que entrou em crise e virou pagodeiro . Mas agora os tempos são outros... dia 22 de Dezembro estaremos novamente nos apresentando depois de um ano e meio parados. Foi bom para nós dar esse tempo, amadurecemos as idéias, aprendemos a não estressar com pouca coisa e é bom saber que não deixamos o sonho de um recém adolescente morrer em uma desistência qualquer...O fato é que agora tudo é novo, é como se nunca tivéssemos nos apresentado antes, como se cada pessoa presente nunca tivesse visto a nossa cara, que no caso é um show para convidados e amigos. Ainda irei tocar com uma outra banda que eu toco há alguns meses já, vai ser um show muito bom eu tenho certeza, o espírito Rock’n Roll está pulsando nas veias(rs)!! E como diria um amigo meu, a banda é infinita rrsrssrs...ARREVOÁ

8 de novembro de 2006

Uma última gota


Em todos os anos de minha vida jamais deparei com tamanho sentimento por uma mulher. E também, jamais deparei com tamanho vazio, com essa incessante dor. Tenho pensado muito sobre o atual momento. Em meus últimos devaneios descobri que podia ser muito, muito infeliz se continuasse a me torturar com esperanças de ser feliz ao lado dela, de faze-la muito feliz e continuar a fazer os mais belos planos de vida. Também cansei de ser utópico. Senti quando ela não queria mais nada (a gente sempre sente) nos olhos dela. Mas nada foi ruim do que rolou entre nós, aconteceu naturalmente. E, tudo o que rolou nisso, fez-me mudar em vários aspectos. Parar de fazer tudo que fazia mal a mim e aos que me rodeiam no meu circulo pessoal, por exemplo. Pois antes (quando estávamos juntos), eu já não pensava mais em mim e sim em nós dois, por isso, mudei. Claro, doce ilusão. Mas agora, penso diferente. Porque me humilhar por alguém que não gosta de mim como eu gosto dela? Não. Não mais. Já deu tudo o que tinha que dar. Não viver do passado é um dos meus lemas. Tudo o que rolou pra trás é passado, deixa tudo lá, guardada na caixinha de lembranças, sem arrependimentos. Foi tudo muito bom. Mas se não dá mais, porque insistir no martírio? Sou muito prático quanto a isso. Claro que gosto muito dela, e sei que ainda vou sofrer por isso, mas não posso me atirar do penhasco por isso também.O melhor disso tudo é que sei que somos grandes amigos, apesar dos fatos. Digamos que vivemos uma amizade colorida. E só, mais nada.

Chega de romantismos, de paz e amor, de ver passarinhos verdes. Chega de suspiros. Chega de receios. De anseios. Caí da cama e acordei de um sonho muito bom e real. E daí? E agora ? Agora, volta o cão abandonado de sempre. Eu, eu mesmo. Como sempre fui. Caí em um grande abismo de emoções e cheguei ao fim. Vejo tudo como era antes, como disse em um discurso de formatura uma vez: “Vivemos em um mundo que mais merecia ser chamado de Caos”. Voltei a ser Thiago Pires Selliach “o lokão”, “cabeção”, “um dos mais insanos de todos”, “um brincalhão, sobrão e degenarado”, ou o “maconheiro que nunca usou maconha” para uns e “ o cara reservado”, aquele “cara legal”, “um cara simpático, mais nada”, “um babaca bobalhão de sempre” para outros. Um cara “meio-estranho mesmo”. Mas é claro, agora com moderação. É incrível como mudamos pra agradar a pessoa de quem gostamos, não é mesmo?

Desde a minha primeira namorada aprendi que conversa é a alma de tudo. Nada se resolve sem ela. Ainda mais quando se trata de amigos. Por isso, vou tentar ser o que eu sempre fui pra ela: um bom amigo, e mais nada. Evoluí bastante com isso tudo, não digo que amadureci pois não sou banana nem abacate pra amadurecer (rs). Mas dei uma guinada na minha vida. São outros ventos e muitos mundos a conquistar ainda. E outra, apesar de muito introvertido, sempre fui um cara meio à frente de meu tempo.

Hoje acordei e notei o “quão estranho” estou me sentindo, não digo que estou feliz agora, pois ainda tenho muita dor no peito (e é verdade mesmo!), mas estou à beira do nada, meio sei lá, sabe? Á deriva em um mundo vasto. Tenho que reconstruir muitos caminhos que abandonei por aí. Larguei muita coisa. E muita coisa eu não quero mais para minha vida mesmo. Tenho que construir rotas novas, mundos novos, vida nova. Estou com alguns projetos, algumas metas em mente. Agora é seguir mais ou menos por essa trilha..e cuidar para não me perder mais em devaneios e sonhos de uma vida que não é minha. Afinal, é apenas o começo de uma vida. Tenho muita pedra para tropeçar ainda e muito rock’n Roll para escutar por aí...ARREVOÁ

1 de novembro de 2006

Um mar de incertezas

Ao fim de tudo. Em nada que eu fiz me arrependi. Medo. Insegurança. Ciúmes. Paixão. Amor, muito amor. Carinho. Desejo. Dor. Sofrimento. Ansiedade. Todos esses sentimentos aflorados e com receios enorme de demonstra-los, mas nunca escondidos. A cada olhar desviado, a cada pergunta não respondida, a cada demonstração de recusa, me sinto um nada, um lixo lançado ao mar, boiando sem sentido algum. Meu coração se aperta, se espreme em meu peito. Sei que eu mesmo criei este mundo, estes sentimentos, esses receios, esses anseios. Mas de nada adianta sentir tanto, gostar tanto, mudar tanto. Não posso mudar as escolhas de ninguém. Não posso obrigar ninguém a gostar de mim, não tenho livre-arbítrio para isso. Mas é tão difícil conviver com essa certeza. Saber que tudo que eu tentei, tudo que falei, que fiz, foi em vão, nada valeu para partilhar esse sentimento. Mas também sabia de tudo isso. Então não posso culpar ninguém. Mas também não posso me culpar. Ou, afinal, quando que alguém escolhe qual pessoa vai amar, qual pessoa vai desejar viver a eternidade juntos? Se fosse assim o ser humano não teria sentido nenhum. Seríamos bonecos a mercê da vontade de nós mesmos.

O difícil é ser sempre aquele velho amigo despreocupado. Às vezes não consigo ser o mesmo, não sou mais aquela pessoa inatingível, aquele à quem pode ser tomado como exemplo... mas tenho sentimentos também, não sou um robô programado para agradar e ser agradável. Mas ao contrário do que muitos possam pensar, não tive medo de me relacionar dessa maneira. Atirei-me de cabeça no que eu estava vivendo, sentindo. E é claro, levei um tombo bem feio. Mas foi muito bom, isso não tenho dúvida. É maravilhoso ter seu sentimento, seu desejo, totalmente correspondido. É lindo, e, como disse anteriormente, surreal. Mas ainda não desisti desse sentimento quero vive-lo muito ainda.

De tanta vontade de vive-lo novamente, as vezes chega a ser cômico... pareço um idiota tentando agradar a pessoa amada...um bobinho da corte, e o pior, eu sei disso. Chego até, a ser infantil às vezes, algo que dificilmente me submeto. Mas como diria Humberto Gessinger: “Tudo passa, talvez você passe por aqui. A única certeza que possuo hoje é a incerteza do amanhã. Por isso que ultimamente não tenho reclamado muito da vida...pois até que é emocionante viver dessa forma: não saber o que farei amanhã, eu posso tropeçar na escada do trampo bater a cabeça e ficar paraplégico, ou morrer. Posso me estressar que nem um louco desvairado e sair quebrando tudo, mandar meu chefe para o inferno ( e olha que ele é bem legal) e pedir demissão. Ou ainda posso amar e beijar loucamente a pessoa a quem quero para todo o sempre. Eu sei que possibilidades não são certezas, mas ainda sim, são possibilidades...ARREVOÁ

23 de outubro de 2006

Paixão: um momento mágico e inesquecível.

Como é bom estar com quem estamos apaixonados, beijar, se acariciar. Mas eu nunca esperava aquele momento. Alque dia havia sido tão entediante que eu nunca imaginaria uma noite tão memorável como aquela, sim, memorável. Pensei tanto tempo na maneira de como seria, como eu ia chegar, como eu ia pedir, como eu ia falar. E quantas vezes eu me perguntei: eu estou amando? Ou estou apaixonado? Sim ou não? Será que arrisco? Será que eu devo? Ai, ai, ai... mas uma certeza eu já tinha: eu gostava muito dela, mas era muito difícil eu expressar. . Pô eu um cara, que, de tão normal chega a ser esquisito, não sou muito bom nesse papo de conquistar alguém!. Mas sou e sempre fui um romântico apaixonado. Mas todo esse caminho, foi difícil, duvidoso, e muitas vezes pensei em desistir de tudo. Certas vezes eu cheguei a conclusão que, em outras vidas, eu devia ter amado Alice e vivido no país das maravilhas, Julieta, ah Julieta que me levaste ao fim...Rapunzel ou até Eva quem sabe. Devo ter tido uma boa conversa com Platão sobre amor e então fizemos a teoria do “Amor Platônico” juntos e é claro, pra variar, ele levou os créditos. Em vários momentos, mandei cartas para o cupido e, como se eu já não soubesse, nunca foram correspondidas...ou os correios extraviaram (nota mental: reclamar para os correios) minhas cartas ou eu acho que ele aquele loirinho com cara de babaca e cabelinhos encaracolados está precisando usar óculos (rs). Recitei poesias, escrevi poemas, popeminhas, sonetos, versos, frases, textos, cartas, longos lamentos, e (não necessariamente nessa ordem) até um vai á merda bem estressado estragando um ano de tentativas frustradas. Toda mulher que um dia eu amei, me apaixonei, gostei, um dia receberam pelo menos uma dessas formas de escrita (ou todas). Gritei aos quatro ventos um “Eu te amo!!” bem emocionado, e um foda-se bem gritado eu levei. Até àquela noite pensei que morreria em uma solidão infinita e que nem os vermes viriam me visitar no caixão(é sempre assim, sempre pensamos o pior quando estamos sozinhos). Mas tudo foi tão mágico, tão magnífico. Uma noite que farão meus cabelos embranquecerem de felicidade...

Naquele momento, do primeiro beijo, achei que tudo era uma ilusão paralela de um outro mundo de uma outra pessoa, precisei me beliscar para me atinar que estava ali naquele lugar que eu vejo todos os dias com uma linda guria em um corpo de mulher. Fim de noite. Primeiro o pedido. Logo, a recusa. Segundo, um novo pedido e novamente a recusa. E finalmente o terceiro e derradeiro pedido...Olhos fechados, batimentos cardíacos ecoando em meus ouvidos, pensamentos de paixão voando descompassados pela minha mente e... Foi um momento sublime. O tempo girava sem parar. O desejo subia e descia em um ritmo desenfreado. O simples e doce olhar me fazia derreter. Aquele beijo...Aquela suave boca delineada por finos traços, aquele olhar lindo e penetrante, a respiração alterada...Ah quanta paixão eu sinto por ti nesse momento...O vagar de pensamento me faz fluir sem parar para aquela noite tão bela em que colávamos nossas bocas em um encontro surreal. Fiquei tão bobo que não conseguia parar de falar, de te olhar, de te desejar. Tudo tão mágico, tudo tão lindo. Embebedei-me de sua fonte minha querida. Se eu pudesse te levaria para as estrelas. Te beijaria sem parar. Se pudesse não respiraria para não perder o fôlego de te beijar. Em uma simetria perfeita me declarei e me realizei. Estou tão apaixonado que não consigo mais descrever tamanho sentimento.

Chega a ser insano. Mas sei que tem suas limitações. Sei que é complicado para ti. Sei que tudo não passa de um desejo, de uma boa conquista, de uma carência. Sei que meu castelo de cartas pode cair a qualquer momento. Também não sou tão bobo assim. Mas sim, eu quero viver intensamente cada momento em que eu estiver contigo. Beber cada gota de sua paixão. Ser teu corpo. Ser tua alma. Morrer se for preciso.

Não quero pensar em um futuro, quero pensar neste presente que eu me encontro com você às escondidas. Que rimos um do outro sem motivo algum. Que trocamos pequenos beijos, pequenas carícias. Que nos desejamos um ao outro. Quero te chamar de linda todos os dias. Quero acordar do teu lado e dizer: Eu te amo, sim, quero te amar muito ainda. Quero sussurrar em seus ouvidos, que te amo, que te adoro, que tu é a guria mais linda do mundo. Que tu é minha luz que me conduz ao caminho da felicidade. Com você quero subir aos céus e te mostrar as estrelas. Quero que você me ame também assim como ama à outro.

Mas não tenho pressa e nem medo de que isso nunca aconteça. Não penso só em mim, não sou egoísta. Também desejo que seja feliz. Só peço que nunca se arrependa disso. Pois tudo o que vivemos até agora foi mágico, e eu não quero que tenhamos tristeza um com o outro. Primeiro de tudo: sempre fui e sempre serei seu amigo. Agradeço-lhe por ter me compreendido em tudo o que falei, em tudo o que penso, em tudo o que sinto. Não achei que seria tão especial assim. Pois a gente nunca sabe como vai ser a reação de uma outra pessoa, até pode se presumir, mas nunca se tem certeza. Naquela noite em que te falei tudo que eu sentia, achei que esfriaria tudo. Que o laço de amizade, de carinho, de compreensão tinha se rompido. Mas não. Tu me surpreendeu muito. Fez-me acreditar em um mundo, em uma vida saudável, como qualquer outro casal um dia sonha em ter, são coisas que há muito não acreditava mais. Eu te adoro muito, muito, muito, muito. As linhas não são suficientes para te dizer o quanto eu te adoro.Hum... Queria muito poder te beijar agora, à tarde, à noite, mas sei que não é possível e sei que não podemos, mas tudo bem, paciência é a alma de tudo. Do fundo do meu coração um grande beijo para ti minha linda, você me faz ser tudo o que eu sou: feliz. ARREVOÁ

3 de outubro de 2006

Nevermind: A revolução de varias gerações.


Lembro-me como se fosse hoje: eu, aproveitando a saída de minha mãe e a estada de meu irmão no colégio, tirei aquele CD estranho com a foto de um bebê nadando em busca de uma nota de um dólar, e o coloquei em meu recente minisystem com 400 wats de potência...no começo deixei baixinho com a timidez de quem não conhecia nada estrangeiro até aquele momento, depois, sentindo o espirito tremer quando ouvi as primeiras batidas nos acordes básicos, que soariam por muitas gerações ainda os tararã tchuckthuckuthcktararãrahuck tu pá tutu pá tu pá tisssss...aumentei até o último volume e saí pulando como um louko pela casa...ah como era bom aquilo...
O nirvana talvez não soubesse disso quando lançou aquele cdzinho despretensioso chamado bleach (que na minha opinião hoje em dia, é o melhor cd deles) mas influenciou e continua influenciando toda uma geração de adolescentes que usam suas músicas como um grito de protesto contra tudo, contra todos. Nirvana virou sinônimo de rebeldia. Nirvana alterou o significado da palavra Nirvana, paz suprema de espiríto, para rebeldia de espírito. Meu primeiro porre foi escutando Nirvana. Minha primeira transa foi escutando Nirvana. Meu primeiro show foi tocando Nirvana. Esta Banda, por mais simples que sejam suas musicas, reinventou o conceito punk de ser. É a mistura do punk com algo que toca tão fundo, que nos faz querer ser aquilo ali: estar no palco quebrando uma guitarra, cuspindo na cara de quem for, nas câmeras que nos vigiam, chorar de raiva, jogar o baixo nas caixas, bater palmas de ironia para o público, gritar, gritar, gritar muito, entrar em um programa de televisão e avacalhar com a música que está fazendo mais sucesso da banda, dizer que o melhor CD da banda é uma droga...simplesmente pra contrariar o resto, ser um espirito juvenil (smell's like teen spirit). Quem um dia foi ou quem ainda é (como eu) fã desta banda, com certeza um dia pensou assim.
Eu, como a maioria, conheci o Nirvana pelo seu mais clássico CD: Nevermind ( que com pletou 15 anos em setembro deste ano). Com certeza este CD abriu portas para bandas que, talvez, jamais conseguisse um sucesso ou a fama, tais como: Alice in Chains, Pearl Jam, Soundgarden, Strokes, White Stripes, etc... claro que bandas como essas possuem um som bem distinto do Nirvana , mais com certeza as portas não se abririam tão fácil assim. Nevermind foi um marco na vida de muitas pessoas e continuará sendo por muitas gerações ainda. Antes dele a banda havia lançado o que seria o melhor CD deles (na minha opinião): Bleach. Esse CD foi o trabalho mais cru da banda, o mais pesado, mais grunge de todos, com músicas excelentes, talvez seja o que a maioria dos fãs mais curtam de ouvir e tocar. Depois do Nevermind, veio ainda In Utero, Incesticide, Unplugged in New York e From the muddy banks of the wishkah. Este último já após a morte de Kurt Cobain , feito como uma homenagem aos seus fãs com uma compilação das melhores apresentações ao vivo da banda...
Hoje em dia muitos fazem piada, ou muitos tentam dizer que gostam deles, mas quando perguntamos: E aí cara o que tu curte de Nirvana? O cara com a maior cara-de-pau responde: Ah meu, sou mais o Nevermind, Smells like teen Spirit, Comes you Are, Lithiun... Nirvana nunca foi e nunca será uma banda de três músicas ou um album só. Pra mim todos os Cd's são bons, mas tem que alguns que se destacam mais do que os outros. Uma boa pedida é o Box que saiu um tempo atrás, musicas muito boas estão ali e um Dvd com muito material sobre a banda. E ainda o DVD que vai sair agora em novembro com muito material ao vivo, e varias loukuras da banda vale a pena conferir.
Para mim o Nirvana jamais morrerá, é uma banda que marcou minha vida em vários sentidos...até hoje me inspiro com as músicas deles, me dá forças para continuar em frente, não sou tão fanático como fui há uns anos atrás (nossa to ficando velho!!! :p), mais continuo curtindo com certeza. Meus filhos com certeza ouvirão eles...ARREVOÁ!!

13 de setembro de 2006

Popesias & Popeminhas

Porque escrever poesias? não sei. Boa pergunta. É difícil explicar. A poesia é algo tão inexplicável que perderia a graça se fosse explicada. Qual seria a graça de ler as poesias de Quintana se elas tivessem uma explicação prontinha no cabeçalho de cada estrofe? É um paradoxo.

Vou deixar aqui, a partir de hoje, poesias minhas, não são exatamente uma obra-prima mas tem muito significado pra mim. Marcaram muitas fases de meus poucos anos de vida. Savi?
Que assim seja...

Malucas flores?!
Só as flores que sobem montanhas
e descem insanas sobre cidades
estufando podridão...

Coitadas...
Nascem belas fulanas
E morrem singelas ciclanas
O que fizeram com as flores?!
A que destino pertencerá bela flor?

As nossas traídas narinas, ingênuas,
Buscam o cheiro suave e romântico
Em suas pétalas de amor...
Mas a grande e atroz veracidade
Nossa infâmia capacidade não compreende:

Nascem puras de amor,
Vivem seus dias emanando
Um cheiro triste e melancólico e
Finalmente, mais não quase que de repente,
Morrem em profunda dor...

Oh minha flor o que fizeram com o seu amor?
(Thiago Selliach)

ARREVOÁ!!

5 de setembro de 2006

Muito frio!!! só para atualizar mesmo...


Brrr..!! tá muito frio aqui no RS...madrugada de temperauras negativas...neve e tudo o mais...um frio de rachar os "beiços"...como tá muito frio e os dedos estão doendo de gelados só passei para dar uma atualizada no meu blog que há muito não atualizo...

Tudo a ver comigo posto aqui uma poesia do Luís Fernando Veríssimo, não sei porque mais eu sinto que tudo à ver comigo...

TU e EU
Somos diferentes, tu e eu.
Tens forma e graça
e a sabedoria de só saber crescer
até dar pé.
E não sei onde quero chegar
e só sirvo para uma coisa
- que não sei qual é!
És de outra pipa
e eu de um cripto.
Tu, lipa
Eu, calipto.

Gostas de um som tempestade
roque lenha
muito heavy
Prefiro o barroco italiano
e dos alemães
o mais leve.
És vidrada no Lobão
eu sou mais albônico.
Tu,fão.
Eu,fônico.

És suculenta
e selvagem
como uma fruta do trópico
Eu já sequei
e me resignei
como um socialista utópico.
Tu não tens nada de mim
eu não tenho nada teu.
Tu,piniquim.
Eu,ropeu.

Gostas daquelas festas
que começam mal e terminam pior.
Gosto de graves rituais
em que sou pertinente
e, ao mesmo tempo, o prior.
Tu és um corpo e eu um vulto,
és uma miss, eu um místico.
Tu,multo.
Eu,carístico.

És colorida,
um pouco aérea,
e só pensas em ti.
Sou meio cinzento,
algo rasteiro,
e só penso em Pi.
Somos cada um de um pano
uma sã e o outro insano.
Tu,cano.
Eu,clidiano.

Dizes na cara
o que te vem a cabeça
com coragem e ânimo.
Hesito entre duas palavras,
escolho uma terceira
e no fim digo o sinônimo.
Tu não temes o engano
enquanto eu cismo.
Tu,tano.
Eu,femismo.


Luis Fernando Veríssimo


3 de agosto de 2006

Escravos de Farda


Estou há algum tempo sem postar aqui, mais talvez por naum ter muito tempo disponível...minha vida se conturbou nesses últimos dias: estou prestes a virar um escravo de farda.
Foi mais ou menos assim...

Segunda-Feira, 31 de julho, Manhã, 6:30, 5 graus

Um frio avassalador corrói minhas entranhas. O sol ainda se esconde em seu berço apaziguador. A noite paira como uma sombra sobre nossas cabeças fazendo-nos tremer. É o dia da tal apresentação pro exército. Fui de encontro ao Fabricio e o encontrei em sua casa preparando-se para o dia mais frio do ano. Teria campo no exército. Se preparava para a tortura diária que se apresentava sua rotina. Mais até que uma esperança animadora dominava meu coração. Me livrar do exército foi um dos asuntos mais dominantes em meu cérebro e um dia antes recebi a noticia do Fabricio de que seu irmão me livraria dessa imposição. Ah... pensei eu...como a semana pode começar bem...
Encaminhando-se para o local marcado para o exame, o quartel, as mãos tremiam, estavam duras, os dedos doiam, mal conseguiam segurar o cigarro. Ao portão, me coloquei entre os outros que esperavam. Todos tremiam. Sete e alguma coisa, nos levaram para um galpão, longe de todos, com lonas espalhadas por suas laterais com o vento soprando por entre seus rasgos e remendos. Camuflagens, todas minadas de buracos, espreitavam nossas costas fazendo-nos sentir cada vez mais frio. Dentro, havia bancos espalhados em três colunas desalinhadas que tinham duas madeiras atravessadas servindo de escora, o que fazia minhas costas gritarem de dor. A frente, havia uma televisão e um video-cassete que um soldado prontamente pôs a funcionar fazendo-nos sentir sono com os vídeos ilusores do exército. Olhando á frente podiamos ver a entrada de uma salinha onde recrutas, soldados, cabos, sargentos...todos desfilavam de um lado para o outro com orgulho nos olhos e dedicação nos dentes arreganhados, rindo de nossas caras friolentas e medrosas, usavam farda e boina para identificarem-se entre eles mesmos indicando que estavam trabalhando no alistamento. Aos poucos o frio já começava á dominar a mente, é incrível a sensação de não poder lutar contra isso, se sentimos totalmente imobilizados pela terrível inanição. Os escravos, quer dizer, os soldados passavam com suas térmicas cheias da mais pura água quente para o chimarrão, se enchiam de glória com suas cuias á frente, e com longos goles escaldantes da mais incrível (para meus olhos, naquele momento, toda bebida capaz de esquentar meus ossos se tornava "
incrível") cuia de chimarrão. E começaram a chamar, um à um, para dentro daquela salinha. Lentamente os ‘‘recrutas’’ iam e voltavam daquela salinha. O sargento (ou soldado, como saber?) ia chamando o nome de cada um pelo certificado de alistamento que tinha em mãos.
Me chamaram. O coração parou. O cérebro demorou á responder. E agora? vou ou não vou servir? o irmão do Fabricio estaria ali dentro como ele havia dito? me livraria desse peso que se amontoava em meus ombros? Oh...sim...seria um grande alívio para meu coração tão enegrecido pelas trevas da vida...
Mas...nada foi como pensei....o esperado ‘‘irmão da salvação’’ não estava lá. Sentei de frente para um oficial. Tinha uma carranca já abatida pelos anos (talvez muitos) já prestados ao exército, tinha um sotaque fortemente carioca. - Deve ter sido transferido. Pensei. Me fez perguntas já automáticas, com um leve tom de impaciência por estar repetindo pela milésima vez o mesmo texto, me pediu documentos, e mandou ir sentar novamente, e aguardar pelo novo chamado. - Filho da Puta!!. Gritei dentro de mim. Que ódio que eu senti naquele momento. Vontade estúpida de puxar uma arma de um oficial qualquer e estorar os miolos de qualquer merda de verde que se prostasse em minha frente.
Voltei para o frio, para o banco com escora que doía as costas, para a imobilidade mental que todos parecem estar. - Caralho! - pensei. - O que que parece isso aqui? Um bando de caras com um chachá de identificação pendurado no pescoço que mau saíram da adolescência (ou nem saíram ainda) congelando de frio, parecendo um bando de bois retardados, que serão abatidos para alimentarem um monte de mendigos bêbados, que se amontam á frente do quartel. Eu tenho que me livrar dessa merda.
Um oficial qualquer, passou e disse que podíamos comprar café ali na rua. Toquei os bolsos, tentando lembrar se havia trazido dinheiro. - Ah!! que alívio!! pensei. Fui e comprei um copinho de café que custava um real. E voltei pro frio de novo. O café mau confortou um pouco e o frio já retomou avassalador.
Um oficial venho e chamou dez nomes (de novo) para esperar ali fora. O meu foi o último. -Finalmente!! - minhas entranhas urraram.
O sol estava parecendo a coberta mais quente em que eu houvesse deitado. Caminhamos à dentro das instalações do exército. Entramos em uma sala que era dividida em duas partes, por um desses biombos usados em hospitais. O ambiente estava confortabilíssimo, mas a idéia de ficar pelado já assolava minha mente. Houve um rápido (e idiota) exame de visão. Levaram-nos para a outra parte da sala e ficamos enfileirados lateralmente de frente para uma mesa onde estavam dois oficiais sentados e um outro e mais uma
mulher de pé. No chão, um rádio rolava um Ramones ( que irônico) I wanna be sedated... a mulher prontamente se endireitou no início da fila e começou á examinar um á um a boca escrota e bafenta dos recrutas. - Pelo menos a mulher é gostosa. Pensei e ri pra mim mesmo. - Que lugar inútil...
Depois de examinado todos, ela saiu e veio o médico já mandando ficarmos pelados. É nestes momentos, que a gente se pergunta se vale a pena viver nessa porra de lugar, com regras insanas e sem sentido...viver para isso...
Para o "abate" tudo é medido, peso, altura, pé, cabeça, força...e logo anotam tudo no crachazinho pendurado no pescoço...
Foi um chá de banco atrás do outro depois dos exames, fizemos uma provinha escrota e sem sentido para ver se não éramos retardados, penso eu, ou se estávamos contaminados com a VACA-LOUCA. Terminada a prova, nos levaram de volta para o galpão... e tudo de novo...bancos duros que deixam as costas doendo, paciência esgotada, abstinência de nicotina, frio em dobro (pois nos deixarram na rua), etc...
Os cabelos se sentiram aliviados com o fulgor de vento e calor do pouco sol que se pendurava no céu, aliviados com a liberdade afora de um rabicó. As mãos já não tremiam. Os pulmões bombeavam fortemente uma nicotina seca e suave de uma carteira de cigarro recém comprada. As pernas clamavam em passadas largas e rápidas. O cérebro, já aliviado, doía após seis horas de espera no quartel. Fervilhavam os pensamentos. A barriga, vazia, doía de tanto frio, calafrio e fome. - O que será de minha vida agora? Balbuciei num leve susurro. - Não sei. Respondi a mim mesmo. Caminhei, em passadas rápidas, do quartel até minha casa, meu refúgio, minha morada. Almocei e me encaminhei para mais uma tarde de trabalho...
Nada contra à quem, "opcionalmente", ocupam os nossos múltiplos exércitos espalhados por esse país. Tem pessoas que nascem para isso. Pessoas que tem no coração um patriotismo inabalável, que investem em uma carreira de pura "ordem e progresso". Pessoas que nascem para estarem preparados à lutarem contra a primeira nação que tiver atrapalhando os desejos pútridos do governo. Pessoas que nascem para cumprirem ordens de um fulano qualquer que possui no braço a braçadeira de "eu sou superior" e na cabeça o kepe de "eu ganho milhares de reais". Cada um com a sua escolha de vida, cada um com suas metas.
Mais parece que, neste país, vive-se ainda um certo fulgor medieval, as mentes deste país sofrem uma lavagem nostálgica super poderosa. Não é possível que um país onde se preza um dos conceitos mais esperançados pelo homem, LIBERDADE, nós, jovens de 18 anos, sejamos obrigados a cumprir um dever, que ao meu ver, nunca existiu. Me desculpem, mais ficar um ano aprendendo como matar o próximo de uma forma mais eficiente, como destruir uma casa em poucos segundos, como arrancar de uma mulher e filho o marido dedicado (por mais crimes que tenha praticado), não é comigo. Não sou um homem de armas mortais e nem espero "defender a nação"com elas, só acho que existem outros tipos de armas, como as morais, ações em benefício de um povo que luta para não sucumbir aá beira do Caos que vive este país. Acho que o Jovem brasileiro tem muito mais á se preocupar neste país do que perder seu tempo dentro de um excército sendo obrigado à fazer coisas que não quer, servindo de escravo para humilhações e maluquices de oficiais de alta patente...esta é a minha visão desta droga que é isto tudo. Estou disposto a qualquer coisa para não servir...

Quando puder posto de novo. FORÇA
Thiago

28 de julho de 2006

A espada e o Escudo

Quarta-Feira (26-07) tive uma conversa com a pessoa citada no post anterior, desabafei tudo aquilo que me feria em relação a sua pessoa e seus erros, eu realmente estava muito magoado sobre todo aquele assunto de traição e ressentimentos. Mas, tudo passa, e espero que isso passe. Juro que se não me controlasse partia para cima dele, conversar e pensar sobre tudo aquilo me estressou muito... além de tudo vem me fazer deboche...aff...Foi um ataque verbal por espadas de um pensamento traído, e acho que seu escudo foi quebrado. Acho que ele entendeu o recado, a mensagem, na qual eu e mais uns amigos meus queriamos passar... espero, mas não sei se vai ser a mesma coisa. Gostaria de crescer juntos em mente e espirito, mas se não melhorar, prefiro seguir meu caminho a pé e descalço, solitário como o vôo de uma águia.
Mas isso tudo que aconteceu, fez-me pensar de forma diferente, acho que está na hora de realmente mostrar para o mundo que somos importantes, por mais insignificantes que possamos ser. Todos temos o nosso valor, pois qualquer ato é válido tanto para o bem como para o mal. Já havia pensado assim outro dia, mais não com tanta intensidade. O mundo é um campo de centeio como diria um poeta. E devemos culivá-lo se não acaba.

Bom, como prometido vou postar alguns albuns de banda que eu curto muito ( já que o blog também é sobre rock'nRoll neh? rsrs) vou começar com dois excelentes álbuns do Legião Urbana:

Uma outra estação:

Sobre o disco


O disco lançado em julho de 1997 pela Emi-Odeon vendeu até agora cerca de XXX mil cópias. As gravações e a mixagem do albúm foram feitas no AR Estúdio entre janeiro e julho de 1996, no Rio de Janeiro, com exceção da música Riding Song, que foi gravada em 1997 e contou com a presença do ex baixista da banda Renato Rocha.

Faixas:

  1. Riding song
  2. Uma outra estação
  3. As flores do mal
  4. La maison dieu
  5. Clarisse
  6. Schubert ländler
  7. A tempestade
  8. High noon (Do not forsake me)
  9. Comédia romântica
  10. Dado viciado
  11. Marcianos invadem a Terra
  12. Antes das seis
  13. Mariane
  14. Sagrado coração
  15. Travessia do eixão


Download



Senha: HYJU


As quatro Estações

Sobre o disco
(e algumas curiosidades)


“Em “Disciplina é liberdade” eu estou falando de autodisciplina. Se você pensar numa relação sujeito-objeto, é fascista; mas, numa relação sujeito-sujeito, não é. Não é 'eu vou disciplinar você'. A natureza é disciplinada. Eu preciso de muita disciplina! Fica tão bonito escrito "Disciplina é liberdade". E é uma inversão do double think do 1984 (livro de George Orwell): "Liberdade é escravidão", "Ignorância é força". Se você tiver um conceito legal de liberdade, imediatamente surge uma idéia positiva. Mas eu acho bacana que as pessoas se preocupem. O que mais me chama a atenção nessa música é: "Lá em casa tem um poço, mas a água é muito limpa". - Renato Russo, sobre a faixa “Há tempos”, em 1990.

"Quando as músicas deste disco começaram a ficar completas, entrei em pânico. Eu realmente não sabia o que falar. Mas, gradualmente, conseguimos ter a disciplina necessária para que nossa inquietação pudesse se transformar em letras. E isso gerou um disco com letras superespirituais. Poderia ter sido um LP das inquietações de um pseudo pop star num país de Terceiro Mundo, mas preferimos canalizar tudo para o lado da emoção. São músicas sobre coração, espírito e Deus." - Renato Russo, sobre o disco 'As Quatro Estações', em 1989.

“O Lou Reed, por exemplo, mostra problemas, desesperos, mas não mostra soluções. Eu queria apontar um caminho. Este é um disco de padre - eu fui padre na outra encarnação. Eu sinto necessidade de dizer para as pessoas não ficarem desenhando diabinhos, porque, para ouvir heavy metal, não é preciso desenhar o capeta. A gente precisa olhar para Jesus.” - Renato Russo, sobre o disco 'As Quatro Estações', em 1989.

“Se formos coerentes, diria que é nossa versão das bandas Fiction and Romande e PIL, coisas que nossos roqueiros amigos já fizeram há três anos. Mas, como somos atrasados, fizemos agora”.- Renato Russo, sobre o disco 'As Quatro Estações', em 1989.

“Monte Castelo foi feita a partir da junção de um soneto de Camões – “O amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer”- com uma parte do novo testamento, uma das coisas mais belas que já foram escritas. Não gosto muito de São Paulo, porque acho que as coisas que ele falou são horrorosas. Mas, no caso da Primeira Epístola de São Paulo aos Corintios, há umas coisas bonitas" - Renato Russo, sobre a música Monte Castelo do disco 'As Quatro Estações', em 1990.

“O novo disco é todo político. Neste disco, agente está falando do espiritual, e hoje em dia não existe nada mais político, para mim, do que o espiritual. Aliás, acho que esta é a questão crucial hoje em dia: a questão de você com seu lado religioso” - Renato Russo, sobre o disco 'As Quatro Estações', em 1989.

“Eu acho que, ao invés de agente esquecer os anos 60 -como rolou nos 70 e, principalmente, nos 80 -, você pode pegar os ingredientes que geraram aquele espírito e adaptá-los à prática de hoje em dia. Nesta década, foi um tal de bandas dizendo que voltaram aos 60 em busca daquela sonoridade, mas não voltaram, não. As Quatro Estações, por exemplo, mostra como você pode fazer uma coisa parecida, entrando nos 90. A temática deste disco não é tão diferente da usada por alguns conjuntos e cantores dos 60, como Byrds, George Harrison e até Jimi Hendrix, sei lá. Eu queria retomar, pelo menos para mim, aquele espírito, para poder voltar a acreditar em alguma coisa.” - Renato Russo, sobre o disco 'As Quatro Estações', em 1989.

“Gostaria que o disco fosse sobre ciclos, a perda da inocência. Seria basicamente isso: primavera, verão, chega o outono e caem todas as folhas. E, no inverno, fica a árvore toda daquele jeito. E como se a gente estivesse chegando no inverno. Mas, aí, vem vindo a primavera de novo. Quer dizer, você pode escolher ter uma nova primavera. A maior parte das pessoas que eu conheço fica no inverno, e eu acho ser este o maior problema delas." - Renato Russo, sobre o disco 'As Quatro Estações', em 1989.

“Em Meninos e Meninas, é a primeira vez que falo, claramente, que gosto de meninos e meninas. Também não sei o que vai dar, porque começo a falar de santo, no meio da música, e vai embolar tudo. E o amor ao próximo? Jesus gostava de Meninos e Meninas. Não sei se sexualmente, porque, naturalmente, Ele era um ser evoluidíssimo. Ele era um ser totalmente espiritual”. - Renato Russo, sobre a música Meninos e Meninas do disco 'As Quatro Estações', em 1990.

“Não é uma bandeira pelo bissexualismo; aquilo é uma bandeira em favor da Igreja Católica. Eu também falo que gosto de São Francisco. Depende de como você vê a letra”. - Renato Russo, sobre a música Meninos e Meninas do disco 'As Quatro Estações', em 1992.

“Desta vez, eu citei as fontes para que as pessoas não pensem que tiro isso de minha cabeça. Mas Camões, a Bíblia, Buda já dizem as coisas de uma maneira completa. A gente queria fazer um disco que fosse um disco amigo, um alento, que tentasse trazer paz de espírito”. - Renato Russo, sobre o disco 'As Quatro Estações', em 1989.

“Quando nós entramos no estúdio, não levamos nenhum material. Fizemos as músicas simultaneamente com as gravações. Sei que, a princípio, parece que não mudamos muito, mas a proposta agora é mais leve, é mais branda. Nós não estamos falando de religião, estamos falando do lado espiritual do ser humano. Não estamos falando que Deus existe ou não existe. O disco não lida com a questão da existência de Deus, e sim com a idéia de Deus. O disco não é de catecismo religioso. Tem gente que gosta de dizer que diz “mulher é tudo vaca". Nós preferimos dizer que “ter bondade é ter coragem”.” - Renato Russo, sobre o disco 'As Quatro Estações', em 1990.

Faixas:

  1. Há Tempos
  2. Pais E Filhos
  3. Feedback Song For A Dying Friend
  4. Quando O Sol Bater Na Janela Do Teu Quarto
  5. Eu Era Um Lobisomem Juvenil
  6. 1965 (Duas Tribos)
  7. Monte Castelo
  8. Maurício
  9. Meninos E Meninas
  10. Sete Cidades
  11. Se Fiquei Esperando Meu Amor Passar



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Senha:hyju


Fonte: Comunidade Discografias

Bom, por hoje é só!

ARREVOÁ



26 de julho de 2006

Um fim e o Recomeço

Antes de começar a postar, queria deixar claro que isto é um blog pessoal, e nada aqui será inventado ou copiado sem ter os devidos autores identificados, escreverei relatos de minha vida, dificuldades, felicidades, etc.
deixarei um poema de Albert Einsten como entrada deste dia...

Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer
Um do outro há de se lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade constriremos tudo novamente,
Cada vez novamente,
Sendo único e inesquecível cada momento
Que junto viveremos e nas lembranças pra sempre.

Há duas formas para viver sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre




A traição é algo que vem dos primórdios da civilização humana, o homem tende a trair seus mais intimos amigos em nome de uma vingança desvirtuada, de uma inveja insana ou de um ciúmes irreversível.O futuro à nós pertence e está difícil de imaginá - lo. Tive a maior prova de que até os amigos mais intimos podem nos trair um dia, que incrível. Ou ele nunca me considerou seu amigo (ao contrário de mim) e sempre usou de seus atíficies blefantes para me enganar e manter a amizade.
O fato é que nossas ações, por mais boas que sejam, sempre serão mal interpretadas por pessoas que não possuem a capacidade de simplesmente chegar e olhar nos seus olhos e dizer que não está gostando de algo ou que não quer mais que tu faça por isso e aquilo outro. A conversa e a confiança são a base de uma relação entre amigos, se não houver conversa e confiança não há amizade. Eu senti isso na pele esses dias. A falta de conversa entre amigos de longa data, e o simples pensamento de confiar, acabou gerando o rompimento de uma amizade muito prezada por mim.
Isto é um desabafo que deixo como exemplo aqui, não vou citar nomes mas quem me conhece, sabe o que estou dizendo. Ser julgado por algo que não fiz e ainda pelas costas, é algo que não suporto. Eu preferia ter recebido um cuspe na cara, que ser submetido à isso. É o fim de uma era. O fim de uma banda. O fim de uma amizade. O fim do amor que só amigos sentem um pelo outro( ou pelo menos eu sentia).
Não estou me fazendo de vítima nem muito menos quero que sintam pena de mim, mas a verdade é essa: fui julgado por algo nunca cometido.
As pessoas hoje em dia vêem malicia em tudo que é feito com pessoas do sexo oposto: um abraço de consolo, um afago de carinho, um olhar sincero, a palavra aconselhadora. Quando certos setimentos ruins afloram, as pessoas tendem a se acovardar, se sentirem acoados pela vontade boa do próximo...acredito que seja esse o motivo de sua desconfiança: o ciúme perante sua ex-namorada. É verdade que tenho um sentimeto por ela sim, não nego, mais a minha amizade e respeito era o máximo que os dois tinham de mim, nunca me submeti à infãmia de estar fazendo a cabeça de sua ex-namorada...se ele errou com ela o problema é dele, e não tive culpa alguma nisso.
Bom acho que era isso, futuramente ( acho que amanhã ou sexta) vou postar links de cds de bandas que gosto e fala um pouco mais sobre meus percalços de minha hostil vida.
Espero que um dia essa pessoa leia isso
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