Deparar com um mundo
Tão preto, tão branco...
Porque espero tanto?
Nas belezas nada vejo,
Sem cores, somente o desprezo.
Minhas pupilas dilatadas,
Não mais do que duas esferas esfarrapadas,
Anseiam o mais puro desejo.
Rock, livros, poesias, música, opiniões, jogos, e devaneios cortantes nesse chão que todo mundo pisa e tropeça por aí...
Havia feito a tempo atrás um post sobre um show da minha antiga banda a Los Cobaias com o título: Um show, uma nova era... e hoje trago a parte 2, com uma nova banda, mas o mesmo espírito.
Aqui mostrarei em detalhes como foi o show lá em Alvorada que fizemos no último sábado do mês de abril. Fique claro que os envolvidos na história nem imaginam que estou escrevendo isso aqui (rs), e é claro, não omiti nome algum, pois aí perderia a sua graça se eu ficasse mascarando as coisas. Caso alguém citado(ou não citado) na história não gostar, dane-se. Moro em um país que ainda tem a internet com uma livre expressão bem grande^^. Então vamos a história. Vou contar em forma de diário (como esses diários esportivos), tal hora, tal lugar, fulano fez tal coisa e falou isso, isso e aquilo.
Após todos se encontrarem, partimos com nossas bicicletas e camelos rumo a casa do Marlon para de lá irmos de caranga com a família e cia (do Marlon) para o local do show, em alvorada: Eu(Thiago,Baixo), o Mauricio (Guitarra e Vocal) e o Zeca (nem para Roadie ele serve, então esquece a funcionalidade desse rapaz). É claro, durante o caminho paramos para se abastecer “disso” e “daquilo” outro, então saímos da COHAB mesmo era umas 10:45 AM.
Chegamos cansados da pedalada, como sempre, o Zeca nem se fala, só faltava declarar falecimento. Descer e subir lombas por um trajeto reto é meio cansativo. Descansamos e esperamos o Marlon na Frente da Oficina do Pai dele conversando com sua mãe, muito simpática por sinal.
Há um clima de expectativa no ar. Depois dos comprimentos de todos os familiares do Marlon, começamos o Ritual da discussão, aquele em que se discute qualquer merda só para não mostrar para ninguém que tu não agüenta mais esperar... E, interrompendo o ritual, eis que a mãe do Marlon lança a idéia:
- Faz uma limonada aí pra vocêsss!!!
- Tá! Pode deixar – Eu respondo
- Onde é que tem limão mesmo?- Olhando para todos os lados e procurando os tais limões.
- Lá na frente!!!
E lá se vai a trupe catar limões e preparar uma das piores limonadas de nossa vida...tsc, tsc, tsc
- Eu te falei cara para a gente sair mais cedo, a gente tem que passar som antes da uma da tarde!! – Dizia Eu.
- Ah Thiagão relaxa...- Disse o Mauricio em tom de impaciência.
- Tira a foto aí Zeca. – Disse Eu.
- Tá pode crê, se ajeita aí.
Expectativa, posições excêntricas e...
- Ah meu não consegui tirar...
- AH ZECA!!! vai c ...! – Todos
- Bah meu acho que a gente já devia estar na estrada faz tempo né?- Disse o Mauricio
- Te falei...- Respondi impaciente.
- Finalmente. Ufa. Ah...Uh...Amém – Diziam todos aliviados.
- Ô Marlon, vai de moto com a tua irmã?- perguntei
- Não...- Disse o Marlon.
- Ô CABELUDO, tu vai de moto com a CÁTIA! – Disse-me a mãe do Marlon.
- Ah...ta...- Eu disse sem saber que seria alvo de risadinhas e chalaças até chegarmos por causa do bendito capacete rosa...
O local? Barbada. Achamos sem segredo algum após 45 minutos de viajem e é claro, de capacete rosa.
Chegando lá na escola:
- E aí meu blz?
- Blz “véio”.
- Cara as bandas já estão aí? E o público? E a aparelhagem? E a Veridiane? E...Que horas começa mesmo?
Após o bombardeio, um tanto quanto pertinente que eu despejei no cara, o “cara”, que respondia a alcunha de “surfista” disse:
- Ih...Meu, relaxa. Vocês são a primeira banda a chegar. O público só vem daqui a duas horas. A aparelhagem...ta toda lá, desmontada...se quiser ir ver, fica a vontade...ah e tem uns cracházinhos aqui para vocês...Qual o nome da banda?
- The Medleys.
- Como é que é?!
- T-h-e M-e-d-l-e-y-s
- Hum...The...
- Ah!!! The Medleys...sim, claro...
- E a veridiane?
- Sei lá, não sei mesmo...
- Hum...
- Mas daqui a pouco ela esta aí...
Após rangarmos qualquer besteira, e o nervosismo dos pais do marlon cada vez maior, por conta da demora, subimos ao palco para ligarmos instrumentos e parafernálias pertinentes a banda para começarmos o show...
- Bah...finalmente né? Já tava na hora de começar essa porra...o que foi Mauricio?
- A pedaleira não liga – momento de silêncio – sei lá o que que é...
- Ih...Que merda...
- Sei lá... – Fechou o mauricio...
Voz ao fundo gritando:
- LIGA PARA O NEGÃO PARA ARRUMAR ISSO AQUI!!!!
Era a tal da Veridiana...
- Caralho não to enxergando nada - Pensei
- AHHHHHHHHHHH!!!, Mirando sua cabeça, AHHHHHHHH, Mirando sua cabeça, AAHHHHHHHH!!!! Mirando sua cabeça....
- EU TENTEI, E AGORA EU ACERTEI, A SUA CABEÇA!!!
TTTUUUUUUUUUUUUUUUNNNNNNNNNNNNNNNN...........
Após tirar os cabelos da cara, Olhei para a Platéia:
UHU!!!! Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap, Clap...
Após o show das outras bandas, que foram bons (claro, com algumas exceções), fomos esperar o ônibus (TM2), e nos prepararmos para a viajem de uma e hora e meia até em casa.
Nisso, o mauricio e o Zeca (Lembra daquele que não servia para nada? Pois é, continua não servindo) foram comprar algumas coisas para comer.
Depois da comilância na parada e de mais algums minutos, subimos no ônibus e nos encaminhamos para a traseira do ônibus( No TM paga-se na entrada) quando....
DETALHE IMPORTANTE: Havíamos levado uma mochila para carregar os detalhes que levaríamos como câmera digital, casacos, cadernos de anotação, etc... e que havia ficado com o Mauricio. E ainda todos haviam pagado a passagem menos o Mauricio e o Zeca.
- Ô Thiagão! Chega aí...
- Que foi Mauricio?
- Bah cara tu nem sabe...
E o ônibus andando.
- Que?
- Esqueci a mochila lá no mercado, no vasilhame.
- A é?
- Sério. Descemos?
- Claro né meu!!! Minha câmera tá lá...
E lá fomos nós descer do ônibus, caminhar de volta até o mercado, pegar a mochila, tentar matar o Mauricio de raiva e esperar o ônibus mais uma meia-hora, cagando de medo de ser assaltado. Fomos chegar em casa era umas nove e meia da noite. Comemos algumas coisa, e saímos para mais um show ainda. Só que dessa vez era aqui perto mesmo e não íamos tocar. O Show aqui? Sem comentários. Muito Ruim.
HEHEHE
ARREVOÁ
[*]TPS