13 de março de 2007

O tempo que nos faz "crescer"

Amanhã será meu aniversário de 19 anos. Saco. A idade pesa. Um ano a mais e mais cem quilos de responsabilidades e pressões. Dizem que ficamos mais sábios, mais coerentes, mais responsáveis, mais maduros, mais conscientes, que nos tornamos homens e mulheres com o passar do tempo. Eu, à minha consciência mais inconsciente de todas, digo que ficamos burros, que os anos nos tornam um cego errante e rabugento, ficando mais incoerente e menos consciente, que somos facilmente manipulados por nós mesmos e as tentações do vício mundano que nos faz seguir conceitos e preconceitos. Que ao invés de nos tornarmos homens e mulheres, tentamos regredir ao passado, aquele de quando éramos crianças, tentando lembrar cada detalhe de nossa infância feliz, sem responsabilidades e sem limites para imaginar. Erramos muito mais do que acertamos e mentimos para nós mesmos que acertamos, sempre, a cada erro, uma mentira. Nos esforçamos muito mais para fazermos muito menos. E o pior de tudo, é que não somos vítimas, somos os predadores de nós mesmos. E isso é inevitável. Não dá para fugir. Somente esperar o insuportável andar fumegante do relógio da vida. Trágico? Não, nem um pouco, somente realista demais para os olhos alheios.

Inconscientemente fico triste com esse avanço. Outro porém do passar dos anos. Antes, quando bem jovens, tínhamos aquela alegria pura e natural, sem receios nem anseios, sem preocupações e com a toda a sede de beber da fonte da vida. Hoje, com quase 19 anos fico cada vez mais triste com este andar da carruagem. Viver em um mundo onde tudo se destrói, nada se preserva, onde homens estupram crianças de um ou dois anos, onde crianças são arrastadas pelas ruas da cidade. Onde a lei não é a do mais justo e sim a do mais rico e esperto. Onde tudo que se planta morre: Animais, mares, rios, florestas, crianças, casas, uma vida inteira de trabalho, de amor e de carinho se esvaindo pelo cano de uma arma qualquer em uma esquina qualquer. Onde homens brigam por um poder falso e hipócrita às custas de vidas de milhares de homens, mulheres e crianças. Onde uma cidade inteira para, por causa da passagem de um governante da morte que se acha no direito de mandar e desmandar no mundo...não, não, não.

É uma lástima conviver em um mundo assim, com tanta injustiça, com tanta corrupção, com tanta arrogância. Por isso fico triste. E sei que nada que eu fizer mudará esse quadro. E o que é mais lastimável, como constituir uma família em um mundo assim? É justo ser tão egoísta pensando em nossos desejos emocionais e colocar um filho neste mundo tão repugnante?

Não sei até aonde esses pensamentos me levarão. Não sei se terei coragem de dar chance à vida nascer. Em mim os anos passam e a vida nesta terra cada vez mais apodrece. Os vermes da maldade e do caos corroeram todo o senso de esperança que me restava deste mundo. Não consigo mais enxergar uma cura para tanto mal.

E assim prefiro, ás vezes, não existir. Não fazer parte deste fim. Não evoluir para destruir. Gostaria de não pensar. De não ver todo esse mal humanóide. De não escutar tanta morte. De não sentir tantas vidas sem sul nem norte. De simplesmente não fazer parte dessa existência sem sorte. De não ver meus entes queridos partirem sem fulgurar um ano de paz.

Até onde irá este mundo? Até quando o ser humano se negará a acreditar que se tudo continuar assim será o causador de sua própria extinção?

E assim, mais um ano se segue e sigo a minha sina de simplesmente viver o que me resta a ser: um filho perdido e desacreditado do planeta vida.

Feliz Aniversário para mim!!!!!!!
ARREVOÁ

10 de março de 2007

Um pouco da filosofia dos bares...

Bom, o tempo já não me deixa escrever com frequência aqui nesse porto longinqüo onde navegam meus pensamentos, mais quando der eu atualizo...

______________________________________=_=____________________________________________

Ah a vida... a vida dá voltas...e como dá voltas...nada como um novo ano para a vida nos provar que quando menos esperamos as coisas acontecem.

Passei minha adolescência me perguntando porque certas coisas que aconteciam com meninos da minha idade, comigo não acontecia. Tive complexos, desenvolvi timidez aguda, e sempre me reservei ao máximo do contato com pessoas que não conhecia. Não saía, e muito menos ficava com todas. Ou seja, sempre tive aquele rótulo de guri inteligente, que não se relaciona com coisas fúteis pois almeja um futuro brilhante(isso aos 13 anos). Só parecia. Apesar disso a aparência de cordeiro inocente durou até o final dos 14. Nos 15 tudo explodiu. Rebeldia juvenil total. Calça rasgada. Namoradas caóticas. Sangue fervendo por qualquer coisa que fosse contra minha ideologia rebelde regada por conceitos punks e modismos grunges. Apedrejar ginásios, matar aula à torto e a direito, beber até não agüentar mais o gosto da bílis na garganta era só algumas de minhas atitudes corriqueiras. Cabelo crescendo, dedos sangrando de tanto tocar bêbado um violão que mal afinava e gritando à todos, brados de sociedade alternativa. Meus ídolos vagavam a todo o instante com minhas atitudes diárias...os pensamentos corriam entre Raul Seixas, Kurt Cobain, Krist Novoselic, Renato Russo e companhia a cada gole de vinho podre e nojento que descia por minha garganta. Não fui o melhor exemplo de companhia por muitos tempo, apesar de ser o mais responsável e correto da minha turma de amigos.

E de fato, nunca namorei por longo tempo e, talvez, nunca tenha amado de verdade uma guria ou mulher com quem tenha me relacionado. Umas, nunca mais falei outras se tornaram boas amigas, ou conhecidas. Mas enfim, toda a rebeldia nunca me fez ter bons relacionamentos. Nunca conseguir ser um “romântico rebelde” foi uma das minhas frustrações juvenis também...

E essa, com a toda a sinceridade, há um, dois anos atrás, foi um “porém” constante em minha vida, coisas de adolescentes que acham que sempre são incompreendidos. Mas apesar da timidez, sempre tive ótimos relacionamentos com mulheres mais não chegava nem perto de ficar com uma, por causa dessa timidez aguda e crescente que se desenvolvia com a minha pessoa, pois era tímido somente em relação ao meu lado amoroso, de ficar com alguém, essas coisas...

E como é que pode as coisas mudarem tanto assim, não é?


Hoje em dia já não possuo mais tanta timidez e dificuldade para ficar com alguém que eu goste e que esteja afim de ficar. As coisas fluem com mais naturalidade, com calma as coisas simples da vida sempre acabam acontecendo. Não interessa se você é feio, gordo, baixinho ou alto demais, velho, novo, desnutrido, sem dente, raquítico e com a cabeça maior que o corpo, vesgo, cego, surdo e mudo, paralítico, preto, branco, pardo, mulato , azul, amarelo, ou o escambal. Não importa o defeito se você mesmo se sente bem com o que possui de natural. Hoje não namoro firme, pelo mesmo motivo que muita gente não devia namorar, pelo simples fato de não amar verdadeiramente uma pessoa, sem amor a coisa não flui, não corre nos devidos lugares. Mas mesmo assim me divirto por aí, sem nenhuma janela quebrada e sem mais nenhum gole de vinho podre e amargo, mais claro que uma cervejinha sempre desce redonda...(rs) ARREVOÀ!!
Adicionar aos Favoritos BlogBlogs
Pingar o BlogBlogs
Add to Technorati Favorites
Personal Blogs - BlogCatalog Blog Directory