13 de setembro de 2006

Popesias & Popeminhas

Porque escrever poesias? não sei. Boa pergunta. É difícil explicar. A poesia é algo tão inexplicável que perderia a graça se fosse explicada. Qual seria a graça de ler as poesias de Quintana se elas tivessem uma explicação prontinha no cabeçalho de cada estrofe? É um paradoxo.

Vou deixar aqui, a partir de hoje, poesias minhas, não são exatamente uma obra-prima mas tem muito significado pra mim. Marcaram muitas fases de meus poucos anos de vida. Savi?
Que assim seja...

Malucas flores?!
Só as flores que sobem montanhas
e descem insanas sobre cidades
estufando podridão...

Coitadas...
Nascem belas fulanas
E morrem singelas ciclanas
O que fizeram com as flores?!
A que destino pertencerá bela flor?

As nossas traídas narinas, ingênuas,
Buscam o cheiro suave e romântico
Em suas pétalas de amor...
Mas a grande e atroz veracidade
Nossa infâmia capacidade não compreende:

Nascem puras de amor,
Vivem seus dias emanando
Um cheiro triste e melancólico e
Finalmente, mais não quase que de repente,
Morrem em profunda dor...

Oh minha flor o que fizeram com o seu amor?
(Thiago Selliach)

ARREVOÁ!!

5 de setembro de 2006

Muito frio!!! só para atualizar mesmo...


Brrr..!! tá muito frio aqui no RS...madrugada de temperauras negativas...neve e tudo o mais...um frio de rachar os "beiços"...como tá muito frio e os dedos estão doendo de gelados só passei para dar uma atualizada no meu blog que há muito não atualizo...

Tudo a ver comigo posto aqui uma poesia do Luís Fernando Veríssimo, não sei porque mais eu sinto que tudo à ver comigo...

TU e EU
Somos diferentes, tu e eu.
Tens forma e graça
e a sabedoria de só saber crescer
até dar pé.
E não sei onde quero chegar
e só sirvo para uma coisa
- que não sei qual é!
És de outra pipa
e eu de um cripto.
Tu, lipa
Eu, calipto.

Gostas de um som tempestade
roque lenha
muito heavy
Prefiro o barroco italiano
e dos alemães
o mais leve.
És vidrada no Lobão
eu sou mais albônico.
Tu,fão.
Eu,fônico.

És suculenta
e selvagem
como uma fruta do trópico
Eu já sequei
e me resignei
como um socialista utópico.
Tu não tens nada de mim
eu não tenho nada teu.
Tu,piniquim.
Eu,ropeu.

Gostas daquelas festas
que começam mal e terminam pior.
Gosto de graves rituais
em que sou pertinente
e, ao mesmo tempo, o prior.
Tu és um corpo e eu um vulto,
és uma miss, eu um místico.
Tu,multo.
Eu,carístico.

És colorida,
um pouco aérea,
e só pensas em ti.
Sou meio cinzento,
algo rasteiro,
e só penso em Pi.
Somos cada um de um pano
uma sã e o outro insano.
Tu,cano.
Eu,clidiano.

Dizes na cara
o que te vem a cabeça
com coragem e ânimo.
Hesito entre duas palavras,
escolho uma terceira
e no fim digo o sinônimo.
Tu não temes o engano
enquanto eu cismo.
Tu,tano.
Eu,femismo.


Luis Fernando Veríssimo


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