Porque escrever poesias? não sei. Boa pergunta. É difícil explicar. A poesia é algo tão inexplicável que perderia a graça se fosse explicada. Qual seria a graça de ler as poesias de Quintana se elas tivessem uma explicação prontinha no cabeçalho de cada estrofe? É um paradoxo.
Vou deixar aqui, a partir de hoje, poesias minhas, não são exatamente uma obra-prima mas tem muito significado pra mim. Marcaram muitas fases de meus poucos anos de vida. Savi?
Que assim seja...
Malucas flores?!
Só as flores que sobem montanhas
e descem insanas sobre cidades
estufando podridão...
Coitadas...
Nascem belas fulanas
E morrem singelas ciclanas
O que fizeram com as flores?!
A que destino pertencerá bela flor?
As nossas traídas narinas, ingênuas,
Buscam o cheiro suave e romântico
Em suas pétalas de amor...
Mas a grande e atroz veracidade
Nossa infâmia capacidade não compreende:
Nascem puras de amor,
Vivem seus dias emanando
Um cheiro triste e melancólico e
Finalmente, mais não quase que de repente,
Morrem em profunda dor...
Oh minha flor o que fizeram com o seu amor?
(Thiago Selliach)
ARREVOÁ!!
Rock, livros, poesias, música, opiniões, jogos, e devaneios cortantes nesse chão que todo mundo pisa e tropeça por aí...
13 de setembro de 2006
5 de setembro de 2006
Muito frio!!! só para atualizar mesmo...
- Brrr..!! tá muito frio aqui no RS...madrugada de temperauras negativas...neve e tudo o mais...um frio de rachar os "beiços"...como tá muito frio e os dedos estão doendo de gelados só passei para dar uma atualizada no meu blog que há muito não atualizo...
- Tudo a ver comigo posto aqui uma poesia do Luís Fernando Veríssimo, não sei porque mais eu sinto que tudo à ver comigo...
- TU e EU
- Somos diferentes, tu e eu.
- Tens forma e graça
- e a sabedoria de só saber crescer
- até dar pé.
- E não sei onde quero chegar
- e só sirvo para uma coisa
- - que não sei qual é!
- És de outra pipa
- e eu de um cripto.
- Tu, lipa
- Eu, calipto.
-
- Gostas de um som tempestade
- roque lenha
- muito heavy
- Prefiro o barroco italiano
- e dos alemães
- o mais leve.
- És vidrada no Lobão
- eu sou mais albônico.
- Tu,fão.
- Eu,fônico.
-
- És suculenta
- e selvagem
- como uma fruta do trópico
- Eu já sequei
- e me resignei
- como um socialista utópico.
- Tu não tens nada de mim
- eu não tenho nada teu.
- Tu,piniquim.
- Eu,ropeu.
-
- Gostas daquelas festas
- que começam mal e terminam pior.
- Gosto de graves rituais
- em que sou pertinente
- e, ao mesmo tempo, o prior.
- Tu és um corpo e eu um vulto,
- és uma miss, eu um místico.
- Tu,multo.
- Eu,carístico.
-
- És colorida,
- um pouco aérea,
- e só pensas em ti.
- Sou meio cinzento,
- algo rasteiro,
- e só penso em Pi.
- Somos cada um de um pano
- uma sã e o outro insano.
- Tu,cano.
- Eu,clidiano.
-
- Dizes na cara
- o que te vem a cabeça
- com coragem e ânimo.
- Hesito entre duas palavras,
- escolho uma terceira
- e no fim digo o sinônimo.
- Tu não temes o engano
- enquanto eu cismo.
- Tu,tano.
- Eu,femismo.
- Luis Fernando Veríssimo
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