8 de novembro de 2006

Uma última gota


Em todos os anos de minha vida jamais deparei com tamanho sentimento por uma mulher. E também, jamais deparei com tamanho vazio, com essa incessante dor. Tenho pensado muito sobre o atual momento. Em meus últimos devaneios descobri que podia ser muito, muito infeliz se continuasse a me torturar com esperanças de ser feliz ao lado dela, de faze-la muito feliz e continuar a fazer os mais belos planos de vida. Também cansei de ser utópico. Senti quando ela não queria mais nada (a gente sempre sente) nos olhos dela. Mas nada foi ruim do que rolou entre nós, aconteceu naturalmente. E, tudo o que rolou nisso, fez-me mudar em vários aspectos. Parar de fazer tudo que fazia mal a mim e aos que me rodeiam no meu circulo pessoal, por exemplo. Pois antes (quando estávamos juntos), eu já não pensava mais em mim e sim em nós dois, por isso, mudei. Claro, doce ilusão. Mas agora, penso diferente. Porque me humilhar por alguém que não gosta de mim como eu gosto dela? Não. Não mais. Já deu tudo o que tinha que dar. Não viver do passado é um dos meus lemas. Tudo o que rolou pra trás é passado, deixa tudo lá, guardada na caixinha de lembranças, sem arrependimentos. Foi tudo muito bom. Mas se não dá mais, porque insistir no martírio? Sou muito prático quanto a isso. Claro que gosto muito dela, e sei que ainda vou sofrer por isso, mas não posso me atirar do penhasco por isso também.O melhor disso tudo é que sei que somos grandes amigos, apesar dos fatos. Digamos que vivemos uma amizade colorida. E só, mais nada.

Chega de romantismos, de paz e amor, de ver passarinhos verdes. Chega de suspiros. Chega de receios. De anseios. Caí da cama e acordei de um sonho muito bom e real. E daí? E agora ? Agora, volta o cão abandonado de sempre. Eu, eu mesmo. Como sempre fui. Caí em um grande abismo de emoções e cheguei ao fim. Vejo tudo como era antes, como disse em um discurso de formatura uma vez: “Vivemos em um mundo que mais merecia ser chamado de Caos”. Voltei a ser Thiago Pires Selliach “o lokão”, “cabeção”, “um dos mais insanos de todos”, “um brincalhão, sobrão e degenarado”, ou o “maconheiro que nunca usou maconha” para uns e “ o cara reservado”, aquele “cara legal”, “um cara simpático, mais nada”, “um babaca bobalhão de sempre” para outros. Um cara “meio-estranho mesmo”. Mas é claro, agora com moderação. É incrível como mudamos pra agradar a pessoa de quem gostamos, não é mesmo?

Desde a minha primeira namorada aprendi que conversa é a alma de tudo. Nada se resolve sem ela. Ainda mais quando se trata de amigos. Por isso, vou tentar ser o que eu sempre fui pra ela: um bom amigo, e mais nada. Evoluí bastante com isso tudo, não digo que amadureci pois não sou banana nem abacate pra amadurecer (rs). Mas dei uma guinada na minha vida. São outros ventos e muitos mundos a conquistar ainda. E outra, apesar de muito introvertido, sempre fui um cara meio à frente de meu tempo.

Hoje acordei e notei o “quão estranho” estou me sentindo, não digo que estou feliz agora, pois ainda tenho muita dor no peito (e é verdade mesmo!), mas estou à beira do nada, meio sei lá, sabe? Á deriva em um mundo vasto. Tenho que reconstruir muitos caminhos que abandonei por aí. Larguei muita coisa. E muita coisa eu não quero mais para minha vida mesmo. Tenho que construir rotas novas, mundos novos, vida nova. Estou com alguns projetos, algumas metas em mente. Agora é seguir mais ou menos por essa trilha..e cuidar para não me perder mais em devaneios e sonhos de uma vida que não é minha. Afinal, é apenas o começo de uma vida. Tenho muita pedra para tropeçar ainda e muito rock’n Roll para escutar por aí...ARREVOÁ

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