10 de março de 2007

Um pouco da filosofia dos bares...

Bom, o tempo já não me deixa escrever com frequência aqui nesse porto longinqüo onde navegam meus pensamentos, mais quando der eu atualizo...

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Ah a vida... a vida dá voltas...e como dá voltas...nada como um novo ano para a vida nos provar que quando menos esperamos as coisas acontecem.

Passei minha adolescência me perguntando porque certas coisas que aconteciam com meninos da minha idade, comigo não acontecia. Tive complexos, desenvolvi timidez aguda, e sempre me reservei ao máximo do contato com pessoas que não conhecia. Não saía, e muito menos ficava com todas. Ou seja, sempre tive aquele rótulo de guri inteligente, que não se relaciona com coisas fúteis pois almeja um futuro brilhante(isso aos 13 anos). Só parecia. Apesar disso a aparência de cordeiro inocente durou até o final dos 14. Nos 15 tudo explodiu. Rebeldia juvenil total. Calça rasgada. Namoradas caóticas. Sangue fervendo por qualquer coisa que fosse contra minha ideologia rebelde regada por conceitos punks e modismos grunges. Apedrejar ginásios, matar aula à torto e a direito, beber até não agüentar mais o gosto da bílis na garganta era só algumas de minhas atitudes corriqueiras. Cabelo crescendo, dedos sangrando de tanto tocar bêbado um violão que mal afinava e gritando à todos, brados de sociedade alternativa. Meus ídolos vagavam a todo o instante com minhas atitudes diárias...os pensamentos corriam entre Raul Seixas, Kurt Cobain, Krist Novoselic, Renato Russo e companhia a cada gole de vinho podre e nojento que descia por minha garganta. Não fui o melhor exemplo de companhia por muitos tempo, apesar de ser o mais responsável e correto da minha turma de amigos.

E de fato, nunca namorei por longo tempo e, talvez, nunca tenha amado de verdade uma guria ou mulher com quem tenha me relacionado. Umas, nunca mais falei outras se tornaram boas amigas, ou conhecidas. Mas enfim, toda a rebeldia nunca me fez ter bons relacionamentos. Nunca conseguir ser um “romântico rebelde” foi uma das minhas frustrações juvenis também...

E essa, com a toda a sinceridade, há um, dois anos atrás, foi um “porém” constante em minha vida, coisas de adolescentes que acham que sempre são incompreendidos. Mas apesar da timidez, sempre tive ótimos relacionamentos com mulheres mais não chegava nem perto de ficar com uma, por causa dessa timidez aguda e crescente que se desenvolvia com a minha pessoa, pois era tímido somente em relação ao meu lado amoroso, de ficar com alguém, essas coisas...

E como é que pode as coisas mudarem tanto assim, não é?


Hoje em dia já não possuo mais tanta timidez e dificuldade para ficar com alguém que eu goste e que esteja afim de ficar. As coisas fluem com mais naturalidade, com calma as coisas simples da vida sempre acabam acontecendo. Não interessa se você é feio, gordo, baixinho ou alto demais, velho, novo, desnutrido, sem dente, raquítico e com a cabeça maior que o corpo, vesgo, cego, surdo e mudo, paralítico, preto, branco, pardo, mulato , azul, amarelo, ou o escambal. Não importa o defeito se você mesmo se sente bem com o que possui de natural. Hoje não namoro firme, pelo mesmo motivo que muita gente não devia namorar, pelo simples fato de não amar verdadeiramente uma pessoa, sem amor a coisa não flui, não corre nos devidos lugares. Mas mesmo assim me divirto por aí, sem nenhuma janela quebrada e sem mais nenhum gole de vinho podre e amargo, mais claro que uma cervejinha sempre desce redonda...(rs) ARREVOÀ!!

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