18 de dezembro de 2006

Betlemania infinita??



O papo vira a noite sobre música e entre um trago e outro e uma baforada forte de nicotina um sempre solta: “Cara nunca achei que Beatles era tão bom!!!” “Nem eu...”Eu sempre respondo. E olha que não é de hoje. Beatles já vem da outra geração da minha família (como que na maioria, acho eu). Desde que eu sei que sou gente, eu ouvia minha mãe escutando os belos acordes de Let it Be ou And I love Her no vinil lá de casa. Beatles foi, e ainda é uma grande inspiração para bandas e jovens do século XX e XXI. E não é uma opinião só minha. Falo por muitos. Para quem ainda não conhece, mas curte um Rock ‘n Roll esperto está aí a dica: The Beatles.

Com álbuns excelentes como Revolver e Sgt.Pepper’s Lonely Hearts Club Band os Beatles se sagraram na mente de bilhões de pessoas na década de 60 e 70 levando além de suas canções, sua moda e seus trejeitos, transformando seus fãs à sua imagem e perfeição. De 1963(lançamento do primeiro álbum Please please me) aos dias de hoje Os Beatles já venderam entre Cds, vinis, fita cassete, Dvds, etc em um total de um bilhão e meio de álbuns, algo totalmente histórico, totalmente impensável para os dias de hoje. Claro que a histeria das décadas passadas já não existe mais, hoje resume-se a curtir um beatles em casa mesmo. Mas qual o segredo de tanto sucesso? O que levou a banda a criar musicas que seriam influências para bandas como Nirvana e Mutantes? Talvez o carisma como qual eles tratavam suas músicas e público. A forma simples das músicas sem nada muito complicado. O ritmo desconcertante. A suavidade sem ser extravagante demais. Ou talvez eu diria melhor: Boa pergunta.

O fato, é que hoje em dia se vê jovens de todas as idades ovacionando hits dos beatles em seus violões surrados. É difícil alguém não conhecer músicas como twist and shout ou help!. Apesar do fim idiota, e de anos depois a morte trágica de um dos gênios do grupo, Jhon Lennon, Beatles ainda é muito cultivado nas mentes de jovens de hoje. Eu sou um. Comecei com um vinilzinho despretensioso, hoje tenho dez álbuns.

Será que Beatles vai ser eterno?

Fizeram um pacto com o Demônio(rs)?

Paul Mcartney está morto mesmo?

Boas perguntas que talvez nunca serão respondidas. Hoje em dia músicas de Paul e Lennon estão na posse de ninguém menos do que Michael Jackson o que faz da vontade de ver coisas novas dos Beatles ir por água abaixo. Mas até que dá pra se divertir com coisas que, mesmo não sendo novas (mas soando como se fosse), tem material “novo” vindo por aí atiçando a curiosidae de muitos fãs. Em novembro desse ano, foi lançado uma coletânea de músicas com mixagens de duas, até três músicas já conhecidas em uma só (dá para entender??) para o espetáculo Love do Cirque du Soleil. Uma mistura muito boa eu diria. Imagine como ficaria Eleanor Rigby com Julia? Imagine não. Escute. É uma mistura com uma sonoridade linda. Para os fãs que querem se dar um presente de natal (ou pedir um) esse CD é uma boa pedida. Mas para os fãs que não tem um puto tostão no bolso e que querem curtir mesmo assim é só baixar e curtir no pc.


Por isso, baixei, amei e disponibilizei no 4shared esse excelente álbum intitulado Love. Segue-se aí o link para baixar o álbum e o List das músicas...ARREVOÁ


Download

  1. Because – 2:44
  2. Get Back – 2:05
  3. Glass Onion – 1:20
  4. Eleanor Rigby
    Julia (transition) – 3:05
  5. I Am the Walrus – 4:28
  6. I Want to Hold Your Hand – 1:26
  7. Drive My Car / The Word / What You're Doing – 1:54
  8. Gnik Nus – 0:55
  9. Something (George Harrison)
    Blue Jay Way (transition) – 3:29
  10. Being for the Benefit of Mr. Kite! / I Want You (She's So Heavy) / Helter Skelter – 3:22
  11. Help! – 2:18
  12. Blackbird / Yesterday – 2:31
  13. Strawberry Fields Forever – 4:31
  14. Within You Without You / Tomorrow Never Knows (Harrison, Lennon/McCartney) – 3:07
  15. Lucy in the Sky with Diamonds – 4:10
  16. Octopus's Garden (Ringo Starr) – 3:18
  17. Lady Madonna – 2:56
  18. Here Comes the Sun (Harrison)
    The Inner Light (transition) – 4:18
  19. Come Together / Dear Prudence
    Cry Baby Cry (transition)
    – 4:45
  20. Revolution – 2:14 (CD) / 3:23 (DVD)
  21. Back in the USSR – 1:54 (CD) / 2:34 (DVD)
  22. While My Guitar Gently Weeps (Harrison) – 3:46
  23. A Day in the Life – 5:08
  24. Hey Jude – 3:58
  25. Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (Reprise) – 1:22
  26. All You Need Is Love – 3:38

7 de dezembro de 2006

Um show, uma nova era...


Tocar numa banda de Rock, para muitos, é coisa de vagabundo, drogado, burro, louco varrido, filho de Satã e muitos outros adjetivos maldosos criados pela mente humana. O Rock (aquele mesmo, o Rock de garagem) há muito é visto assim, de uma maneira meio deturpada, incompreendida e preconceituosa. Imagine o que minha mãe deve ter pensado quando disse pra ela que ia deixar o cabelo crescer e tocar em uma banda?Foi um tanto quanto estranho.Não que ela não me apoiasse, mais no inicio ela repudiou a idéia como muitas mães fazem, mas ela acabou entendendo que aquilo faria parte do ciclo natural das coisas. Que me ajudaria a entender o mundo a minha volta e tal. Mas uns anos depois eu acabei entendendo a sua aflição...imagine eu, tinha apenas 14 anos, não sabia nem limpar a bunda direito e ainda brincava de carrinho com as crianças no pátio de casa, ora!!! tocar em uma banda de Rock ¬¬... Eu não sabia nada do que eu queria. Mas mesmo assim, ela entendeu tudo o que eu desejava, e comprou um violão para mim e eu comecei a me fissurar em tocar violão e aprender tudo o que eu curtia e mostrar para meu parceiro de banda (que até então só sabíamos DO, RÈ, MI, LA) e vice-versa. Foi uns anos bem legais...e foi aí que começamos a criar as primeiras canções, meio infantis e caóticas...mas canções.

E o Rock é isso mesmo, meio aos trancos e barrancos, com chiadeira e desafinação e com muita vontade acabamos vivendo da essência dele, do ritmo dele. E pelo que eu me lembre, nunca fui vagabundo, nunca fui um drogado, sempre repudiei drogas ilícitas, nunca fui louco e muito menos venerei satã...Simplesmente fui um adolescente normal com alguns porres, uns micos e umas loucuras que só pessoas de 15, 16 anos fazem e muitas carteiras de cigarros fumadas por aí, nada mais. E, de certa forma, a musica sempre me fascinou com seus embalos, gritos e melodias. Desde quando minha mãe escutava Raul Seixas quando eu era pequeno eu me empolgava com aqueles brados de Sociedade Alternativa. Ás vezes eu penso que minha mãe é a culpada disso tudo (rs). Mas hoje em dia eu não me veria longe disso, da adrenalina antes de um show, das correrias para ensaiar, das brigas para se acertar com os outros integrantes da banda, principalmente se o tempo sem tocar é grande. Pois muitas vezes me bateu aquela dúvida se tudo o que eu andava fazendo era certo para mim mesmo, se ia ser bom em um futuro distante, se ia ser bom para a constituição de uma família. E a resposta é: Foda-se, o negócio é viver o presente intensamente.

Se alguém algum dia pretende montar uma banda de Rock, Pagode, Axé, Musica Clássica, ou qualquer outra coisa que faça barulho, aí vai um incentivo: Não importa quantos irão ouvir seu show, se 5 ou 500, se 2 ou 200, não importa, a sensação de estar em um palco apresentando aquilo que você sabe que está bom é indescritível, é maravilhoso. E é claro, o melhor de tudo é o reconhecimento pelo seu trabalho, que sempre vem por meio dessas poucas pessoas que comparecem ao seu show.

Minha primeira banda foi bem legal, uma experiência única, ela se chamava Los Cobaias e foi por um longo tempo e minha razão de profissão, mas não foi bem assim, infelizmente, paramos em nosso auge, por causa do baterista que entrou em crise e virou pagodeiro . Mas agora os tempos são outros... dia 22 de Dezembro estaremos novamente nos apresentando depois de um ano e meio parados. Foi bom para nós dar esse tempo, amadurecemos as idéias, aprendemos a não estressar com pouca coisa e é bom saber que não deixamos o sonho de um recém adolescente morrer em uma desistência qualquer...O fato é que agora tudo é novo, é como se nunca tivéssemos nos apresentado antes, como se cada pessoa presente nunca tivesse visto a nossa cara, que no caso é um show para convidados e amigos. Ainda irei tocar com uma outra banda que eu toco há alguns meses já, vai ser um show muito bom eu tenho certeza, o espírito Rock’n Roll está pulsando nas veias(rs)!! E como diria um amigo meu, a banda é infinita rrsrssrs...ARREVOÁ

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